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A ética centrada no outro

Rosângela Rossi
Juiz de Fora/MG


Admiro o pensamento do filósofo Emmanuel Levinas e vocês vão gostar também.
Emmanuel Lévinas, um sagitariano parisiense foi bastante influenciado pela fenomenologia de Edmund Husserl, de quem foi tradutor, e também pelas obras de Martin Heidegger e Franz Rosenzweig. . É no face-a-face humano que se irrompe todo sentido. Diante do rosto do Outro, o sujeito se descobre responsável e lhe vem à Idéia o Infinito.

Para Levinas, a moralidade significa pensar nos outros. Nossas responsabilidades para com os outros nascem da própria existências deles.

Os outros existem! Reconhecer o Outro, fora de nós mesmos e tomar consciência de que ele merece nossa consideração é um ato moral.

“Levinas exorta o ser humano a concretizar todo o seu potencial moral através da compreensão de que a própria existência de outros seres humanos nos impõe obrigações morais inescapáveis”.

Lendo Levinas, me coloco a pensar como é importante servir o Outro, cuidar do Outro, compartilhar com o Outro. A nossa alma se faz na relação com o Outro.

Este outro que é você. Que são todos que passam ao nosso lado e muitas vezes desprezamos e nem dizemos bom dia. Este outro que sobe o elevador ao nosso lado e são transparentes para nós. Este outro que sente dor, sofre e se angustia e nem quero escurtar por falta de tempo.

O egoísmo e individualismo contemporâneo só pensa em consumir e competir. O Outro é transparente e inexistente quando não uma “coisa” que incomoda e não merece o menor respeito. Respeito? Que palavra é esta no mundo coisificado e hiperconsumista! O outro é o inferno a ser eliminado! Triste realidade.

Ver o rosto do outro, olhar nos olhos e escutar seu canto ou choro é arte do humano que sente profunda compaixão pelo sofrimento do outro e sabe o significado do amor e do amar.

A questão é pensar : - Que lugar eu coloco o outro em minha vida?

A nossa felicidade não pode ser independente da dos outros.

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