Pular para o conteúdo principal
TECNOLOGIAS: ALGO MUITO ANTIGO

Wilson Barbosa
Filósofo Clínico
Goiânia/GO


Tenho aprendido em minhas viagens, cursos, workshop e oficinas, que muitas pessoas e professores, por mais paradoxal que isso possa parecer, ainda não entendem o uso das tecnologias em apoio ao ensino-aprendizagem como propósito de algo que veio para trazer leveza, simplicidade e, sobretudo, facilidade ao trabalho humano.

É um equívoco pensar que todos os artefatos tecnológicos suprem o que o professor já trás consigo, seja por fruto de seus valores pessoais, seja por tudo o que aprendeu desde os bancos da faculdade. Outro engano é pensar que quando usamos a terminologia “tecnologia” refere-se sempre a algo inédito e futurista.Definitivamente não é.

Desde que nos entendemos por seres pensantes, construímos, inovamos e inventamos, dessa forma, a muito já usamos subsídios para tornar mais fácil nosso trabalho que culmina, em nosso caso, no ato de ensinar. O papel-carbono e o mimeógrafo são exemplos clássicos do que quero dizer em todo o parágrafo. Como essas “ferraris” revolucionaram a educação!

O computador com programas ultramodernos, o datashow, a máquina fotográfica digital, o microscópio, todo esse aparato produz um marco ímpar na história da educação, e o melhor de tudo isso, caro professor, é que você faz parte dessa revolução, o que é simplesmente esplêndido. Esses elementos são continuidade tecnológica e não um começo.

A expressão continuidade é porque você já vêm naturalmente usando tecnologias de tempos imemoriais, com vista no prisma da história. Faz sentido lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e, consequentemente, os livros didáticos, revistas, projetos bimestrais e anuais são, indubitavelmente, tecnologias.

Por conta disso e muito mais a finalidade do nosso artigo é tão somente imbuir-nos de que vale a pena buscarmos compreender a proposta dos recursos contemporâneos remanescentes da nossa antiga máquina de escrever. Remanescentes para ironizar o raciocínio.

Não teria nenhuma valia tudo o que falamos se as propostas do uso das tecnologias não viessem trazer melhor qualidade de ensino e, antes de tudo, melhor qualidade de vida.

O que precisamos atentar e de modo algum aceitar é que nossos professores abneguem-se, por força de sua vocação ou por “imposição” de seu profissionalismo, de viverem melhor qualitativamente, ou ainda que sucumbam-se inconscientemente em workaholic: uma compulsão desmedida pelo trabalho, o que as vezes o faz para darem o seu melhor na sua pedagogia de ensino.

Comentários

Visitas