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Carinho cuidador

Rosângela Rossi
Psicoterapeuta e Filósofa Clínica
Juiz de Fora/MG

O corre e corre da vida nos coloca , muitas vezes, em falta com quem amamos.

Priorizamos as festas, as compras, a televisão, a internet, mas não temos tempo para uma visita, um telefonema a fim de cuidar de quem dizemos amar.

Neste mundo hiperconsumista o Outro fica sempre em segundo plano. As "coisas" passaram a ter mais valor. É uma pena!

Onde ficam as amizades verdadeiras? Onde ficam o compartilhar e estar juntos pelo simples estar junto? Onde ficam as confidências e trocas afetivas?

O movimento Slow nos convida a refletir sobre o tempo perdido com as correrias, inconsciências e consumismo desenfreado. Encontrar um tempo para um carinho cuidador alimenta nossa alma e nos traz de volta a humanidade.

Urge pararmos e pensarmos na importância de estarmos com o outro para vivermos coisas simples. Um papo legal ou cabeça. Um cozinhar juntos e deliciar uma boa mesa. Um caminhar sem pressa. Ler lado a lado comentando o lido. Coisas simples compartilhadas aquecem a alma.

Dar ou receber um carinho cuidador preencher nossa vida de significado. A alma se faz na relação com o outro.

Pensar como Sartre que o inferno é o outro , muitas vezes pode fecharnossa disponibilidade ao acolhimento amoroso. Compreensão, compaixão, paciência nos faz mais amorosos e prontos a cuidar do Outro.

Quer um carinho? Pois me encontre numa das estradas da vida. Vamos como peregrinos caminhar, lado a lado, no exercício de viver em comunhão o dia a dia.

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