Pular para o conteúdo principal
Algumas considerações sobre Espacialidade na Clínica Filosófica.

Bruno Packter
Filósofo Clínico
Florianópolis-SC


A Espacialidade refere-se à localização existencial da pessoa. Na Filosofia Clínica, nem sempre através do corpo encontraremos a pessoa. Não é documento de local, de onde a pessoa está. A localização existencial da pessoa muitas vezes é um ponto móvel, se desenha em movimento.

Recíproca de Inversão na Filosofia Clínica é ir ao mundo existencial da outra pessoa. Ao mover para o mundo da outra pessoa levamos parte do nosso mundo conosco. Recíproca de Inversão diz respeito a muitos fenômenos ligados ao ir. Mas não está relacionado diretamente a um ato de bondade, de condescendência.

A expressão “O mundo da outra pessoa é sempre o nosso próprio mundo, pois somente saberemos dele por nós mesmos” acarreta riscos se não for apreciada com profundidade. Ao ir ao mundo da outra pessoa, é razoável que tenhamos parte daquele mundo considerado por nós. Mas não há como reduzir o outro a nós. O correto é afirmar que levamos parte do nosso mundo para lá. Ainda assim, precisamos considerar desde a historicidade até o estudo minucioso da Estrutura do Pensamento de cada pessoa envolvida nesta interseção.

Existencialmente, não há uma recomendação prévia a um filósofo clínico sobre a espacialidade. Os elementos da narrativa e os episódios que ocorrem na clínica encaminharão as demandas em torno da Espacialidade. Saber transitar pela Espacialidade é uma orientação mais segura neste aspecto.

Comentários

Visitas