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De volta ao meu eu escondido

Rosângela Rossi
Psicoterapeuta, Filosofa Clínica, Escritora
Juiz de Fora/MG


Malas desfeitas e coração cheio de graça.
Renascida, pois há muito me deixei escondida.

No México fui em busca dos maias e encontrei-me,
Não só em meio a selva de Palenque,
Mas, no olhar silencioso do subcomandante Marcos,
Reencontrei aquela que deixei em 68.
As palavras fazem a revolução,
Disto nunca duvidei.

De Frida khalo, reencontrei as cores e a coragem,
Em Diego Rivera a arte revolucionária.
Dos maias trouxe a esperança no novo tempo.

Despertar da consciência.
Ser com todos.
Fazer das palavras um movimento de libertação.
Colorir o mundo com surrealismo real.
Lutar sem armas, com coração amoroso.
Caminhar mesmo que a angústia se faça presente.

Que continue angustiadamente feliz para não me alienar.
Que eu grite com as palavras e os pincéis.
Que eu denuncie sempre de forma incansável o ocultado.
Que não me quede sob a opressão e corrupção.
Que meu idealismo não seja apenas palavras vazias.
Que meus quês sejam muito mais que porquês.

Há em mim uma que se revolta.
Há em minha alma uma dor do mundo oprimido.
Há muitos silêncios contidos pela revolução.

Mas, nestes dois meses para entrar na sábia idade,
Renascida... Abro meu coração e minha ação
No exercício de há muito calado e guardado.
Estou de volta, despertando os que querem também
Se preparar para o novo tempo.

A era da luz se aproxima.
Para os quem tem ouvidos e olhos abertos
Para os que tem um coração compassivo
Para os que já sabem...
É a hora. A hora é agora.
Que me aguardem, me escutem e leiam, pois
"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"

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