Fragmentos filosóficos delirantes LXXVI*
"Pois afinal de contas tudo está fora, tudo até nós mesmos: fora, no mundo, entre os outros. Não é em sabe-se lá qual retraimento que nos descobriremos: é na estrada, na cidade, no meio da multidão, coisas entre as coisas, homem entre os homens."
"Para compreender as palavras, para dar um sentido aos parágrafos, é preciso primeiro que eu adote seu ponto de vista, que eu seja o coro complacente. Essa consciência só existe por meu intermédio; sem mim haveria apenas borrões negros sobre folhas brancas."
"A medicina chama esses sonhadores acordados de esquizofrênicos, cuja particularidade, como se sabe, é a de não poder adaptar-se ao real."
"O ponto de partida é o fato de que o homem nasce da terra: ele é 'engendrado pela lama'. (...) ele é o produto de uma das inumeráveis combinações possíveis dos elementos naturais."
"Para rasgar os véus e trocar a quietude opaca do saber pelo espanto do não-saber é preciso um 'holocausto das palavras', esse holocausto que a poesia realiza de saída."
"É que o silêncio, como disse Heidegger, é o modo autêntico da fala. Só se cala quem pode falar. Camus fala muito - em O mito de Sísifo chega a tagarelar -, e no entanto confia-nos seu amor pelo silêncio."
*Jean-Paul Sartre
"Pois afinal de contas tudo está fora, tudo até nós mesmos: fora, no mundo, entre os outros. Não é em sabe-se lá qual retraimento que nos descobriremos: é na estrada, na cidade, no meio da multidão, coisas entre as coisas, homem entre os homens."
"Para compreender as palavras, para dar um sentido aos parágrafos, é preciso primeiro que eu adote seu ponto de vista, que eu seja o coro complacente. Essa consciência só existe por meu intermédio; sem mim haveria apenas borrões negros sobre folhas brancas."
"A medicina chama esses sonhadores acordados de esquizofrênicos, cuja particularidade, como se sabe, é a de não poder adaptar-se ao real."
"O ponto de partida é o fato de que o homem nasce da terra: ele é 'engendrado pela lama'. (...) ele é o produto de uma das inumeráveis combinações possíveis dos elementos naturais."
"Para rasgar os véus e trocar a quietude opaca do saber pelo espanto do não-saber é preciso um 'holocausto das palavras', esse holocausto que a poesia realiza de saída."
"É que o silêncio, como disse Heidegger, é o modo autêntico da fala. Só se cala quem pode falar. Camus fala muito - em O mito de Sísifo chega a tagarelar -, e no entanto confia-nos seu amor pelo silêncio."
*Jean-Paul Sartre
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