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Fragmentos filosóficos delirantes LXXVII*


"Há uma espécie de loucura da visão que faz com que, ao mesmo tempo, eu caminhe por ela em direção ao próprio mundo e, entretanto, com toda a evidência, as partes desse mundo não coexistam sem mim."

"O outro é o titular desconhecido dessa zona não minha."

"Um mistério familiar e inexplicado, de uma luz que, aclarando o resto, conserva sua origem na obscuridade."

"A certeza de que as coisas tem outro sentido além daquele que estamos em condições de reconhecer."

"Nossa vida possui, no sentido astronômico da palavra, uma atmosfera."

"Aparentemente, essa maneira de introduzir o outro como incógnita é a única que considera sua alteridade e a explica."

"Esse mundo que não sou eu, e ao qual me apego tão intensamente como a mim mesmo, não passa, em certo sentido, do prolongamento de meu corpo; tenho razões para dizer que eu sou o mundo."

"O espetáculo tinha sentido para mim antes que eu me descobrisse como aquele que lhe dá sentido."

"O segredo do mundo que procuramos é preciso, necessariamente, que esteja contido em meu contato com ele."

*Merleau-Ponty
O visível e o invisível

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