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Simplicidade

Beto Colombo
Empresário, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC
Criciúma/SC


Querido leitor, que você esteja bem. Nosso tema hoje é discorrer sobre simplicidade. Você já reparou que o que está dando certo hoje são as coisas simples?

O sistema de produção mais usado nos últimos tempos é o chamado Teoria das Restrições, Produção Puxada ou Teoria dos Gargalos, algo extremamente simples de ser compreendido e utilizado. O aparelho de celular mais desejado é o Ifone, exatamente o mais simples de operar, e assim por diante.

Poucos aguentam as empresas sofisticadas, complicadas, metidas, arrogantes. Pessoas com comportamento simples, empresas simples, fáceis, terão boas chances de serem as vencedoras. Se o chique é ser simples, então, para que complicar?

Pesquisas mostram que o principal atributo de profissionais que são os melhores colegas de trabalho é a simplicidade. E pessoas simples fazem uma empresa simples. E boa parte das pessoas tem pavor de empresas complicadas.

Conheço empresa que consegue complicar tudo: uma simples emissão de nota fiscal ou um pedido de informação vira uma novela. Dias desses, precisei devolver um produto com defeito e desisti, pois estava virando uma sindicância.

A empresa ideal, no meu ponto de vista como cliente, é a empresa fácil, simples e ágil. Para o cliente, a meu ver, tudo deve ser simplificado. Para os colegas de trabalho, para os fornecedores, a tendência do momento é ser simples. A cidade adora relacionar-se com empresas simples.

O grande desafio nos dias de hoje é ser simples. No entanto, vemos ainda muitos produtos complicados, empresas complicadas. Até parece que o mais fácil é complicar. É mais fácil desconfiar das pessoas do que confiar nelas. Às vezes vejo atendentes dizendo: “isso não é comigo”, ao invés de se dispor a buscar soluções.

Tenho visto que empresas autoritárias e centralizadoras são as mais complicadas. Pense na sua empresa, ou até mesmo na sua vida: ela é simples ou complicada? É fácil relacionar-se com ela? É fácil comprar, receber, pagar? Quanto tempo se leva para emitir uma nota fiscal? Quanto tempo se gasta entre o pedido do cliente e o momento de lhe entregar o que comprou?

É fácil trocar uma mercadoria ou não se aceita devolução? É fácil ao interessado obter informações sobre os produtos? É fácil falar com o presidente, com os diretores e gerentes? Ou é preciso seguir o maldito procedimento que ninguém sabe o que é?

Estou bem convencido: empresas chiques são as empresas simples. Empresas bacanas são as ágeis, fáceis, simples.

É assim como o mundo me parece hoje. E você, o que pensa sobre simplicidade?

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