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Fragmentos filosóficos delirantes LXXXIII*


"Se conseguires conquistar a confiança destes palácios, estes te contarão de bom grado e bondosamente a história de sua existência na linguagem magnífica, rítmica de seus pátios internos"

"Saibam, pois, que a arte é: um caminho para a liberdade. Todos nós nascemos acorrentados. Um ou outro esquece os seus grilhões, revestindo-os de prata ou de ouro. Mas nós queremos quebrá-los. Não com violência torpe e selvagem, queremos nos desvencilhar crescendo, até que eles não nos caibam mais"

"A criação do artista é uma insígnia: a partir de seu íntimo ele exterioriza todas as coisas pequenas e efêmeras: seu sofrimento solitário, seus desejos vagos, seus sonhos angustiados e aquelas alegrias que perdem o viço. Aí sua alma se engrandece e torna-se festiva, e ele criou o lar digno para si mesmo"

"O criador é o homem póstero, aquele para além do qual se encontra o futuro (...) O artista é a eternidade que se projeta sobre o presente"

"Cada um de nós recria o mundo ao nascer, porque cada um de nós é o mundo"

"Fato é que cada um cresce em direção a si mesmo"

"Não podendo a arte ser nacional em seus momentos de apogeu, segue-se que todo artista, na verdade, nasce em terra estrangeira. Sua pátria não está em lugar algum, situando-se apenas em seu próprio íntimo. E as obras nas quais traduz a linguagem desta terra são as suas mais genuínas"

"Comete-se uma injustiça em relação a determinada obra de arte, a partir do momento em que ela é julgada em comparação com outras"

"O homem que não necessita de títulos, porque ele, com o seu trabalho, é portador de todas as honrarias(...)"

"Ele permanece pobre, porque é incapaz de revelar a um confidente a existência dos seus tesouros, e segue solitário por não conseguir edificar uma ponte que conduza do seu íntimo para o meio exterior que o circunda"

*Rainer Maria Rilke

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