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Multidão, sociedade imaginável invisível


Rosângela Rossi
Psicoterapeuta, Filosofa Clínica, Escritora
Juiz de Fora/MG


Foi de Hillman que tomei emprestado este título.
Hillman foi para o mundo de Hades em pleno sol em escorpião, 27 de outobro 2011.
Psicoterapeuta brilhante e rebelde, demonstrou que o Self, não se encontra apenas como subjetividade, mas na interação com o mundo. A alma está no mundo.

Habita em nós uma multidão que vive na relação contínua com o mundo.
Já dizia o poeta Walt: - Sou múltiplo, contenho mim multidōes.
Esta multidão chora e ri, sofre e se deleita de amores, relaxa e goza....

Agendamentos invisíveis. Imagens que dizem mesmo sem palavras.
E alguns pensam não haver inconsciente. Que eles comandam, comandam.
E toda nossa historicidade se apresenta como complexos.

Complexos que nos paralizam, quando devíamos agir.
Que gera a depressão e múltiplas ansiedades.
Tomar consciência de nossa realidade psíquica é fundamental.
Não somos tão bonzinhos e perfeitos com imaginamos.
E nem por isso somos menos.

Nossa multidão por vezes se confunde e se perde.
Faz parte de nossa humanidade os conflitos e as dúvidas.
Por isto pensar com o coração, sem fugir da realidade é um dos caminhos.

Caminhos de que? De viver com consciência.
Ir desvendando o inconsciente...
Processo eterno no contínuo vir a ser.

Lembrando sempre que o mundo é presentação minha.
Assim, a alma se faz na relação.
E o mundo imaginável invisível está na ponta de meu nariz.

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