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Respeito é bom e eu gosto

Jussara Hadadd
Terapeuta sexual, Filósofa Clínica
Juiz de Fora/MG


Um princípio básico de convivência que é esquecido e desprezado pelas pessoas, faz com que casais que se amam, que estão dispostos a viverem felizes, que querem montar sua família e serem respeitados como seres adultos e capazes de conduzirem suas vidas, se magoem e muitas vezes convivam com conflitos, causados por aqueles que já passaram à posição de parente e não se conformam em perder as rédeas dos membros que alçaram vôo.

O básico princípio, chamado respeito, é atropelado pelo egocentrismo de pais, de avós ou até de irmãos, que, se esquecendo do bom senso, utilizam-se de uma arbitrariedade justificada pela natalidade e adjacentes graus de parentesco, tentando a todo custo manter a posse sobre aquele que deseja partir em busca de palhas, cipós, sementes e tudo o que possa compor o seu novo ninho.

Justificativas, na grande maioria das vezes, cercadas de preconceitos contra a diferença social, racial, econômica, intelectual, sexual e tantas outras que até são inventadas, são usadas sem nenhuma cerimônia, quando o intuito é tentar separar quem gostaria de viver feliz um amor.

Moças mais bem resolvidas são chamadas de qualquer coisa pra baixo, moços menos bem sucedidos, jamais serão alguém, se é negro não presta, se é branco é xexelento, se é pobre é vagabundo, se não estudou muito é burro, se é filho único é fresco, se é vaidosa é patricinha, se é mais velho é pedófilo, se é mais nova é oportunista e por aí vai.

E para superar tamanha adversidade e tamanha diversidade, o casal que se ama e que supera preconceitos, deve se fortalecer no respeito até antes do amor.

Seus propósitos devem ser firmados a cada dia e com exemplo de boa convivência, fazer calar as línguas ferinas e ávidas por confirmação de suas ridículas impressões.

Um casal que se ama, deve afastar-se do meio que o julga, mas deve cuidar de não ferir egos. Um casal apaixonado deve, muito além da paixão, buscar na razão, maneiras de se comportarem, sempre afirmando seus sentimentos, contradizendo as opiniões maldosas dos parentes que desejam vê-los separados. Este casal deve acima de tudo, compactuar em admiração, em respeito, em sinceridade e unanimidade na crença dos laços que os une. Seu discurso deve ser o mesmo, sempre.

O casal para ser respeitado, não importa o quanto são aparentemente diferentes um do outro, deve achar o ponto que os une, onde acontece sua afinidade e sustentar estes pontos apesar de toda dificuldade que a vida conjugal apresentar.

Um casal forte, alicerçado no sexo de boa qualidade, na afinidade dos gostos, dos hábitos, dos pensamentos, dificilmente será influenciado pelos pareceres tendenciosos das pessoas que os criaram. Este casal não sucumbirá à tentação de voltar ao colinho da mamãe.

Contudo, ao menor sinal de desentendimento, perante a negligência em regar com amor, amizade, prazer, evolução, educação, gentileza e principalmente respeito, o casal descuidado, se tornará vulnerável ao ataque da parentalha de plantão ao menor sinal de ruína na relação e fracos, recorrerão ao colo da maldade que os separou.

Fugir do meio que os julga incompatíveis é o melhor remédio. Viagem juntos, estudem juntos, encontrem prazer em ficarem juntos em casa, recusem visitas de pessoas suspeitas, visitem muito rapidamente a casa dos familiares que tentam separá-los. Visitem apenas para não aumentar a ira que fomenta tamanha crueldade. Vivam por vocês, até que o mundo, na certeza que foram feitos um para o outro, aja em seu favor e cale a maldade que tentou, mas não os separou.

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