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Distâncias*

Na dor de manhãs sem nome
reescrevo as alegrias de outrora
percorro montanhas e atravesso vales
encontro o perdido
e me perco no achado
no mistério que do silêncio se faz nome
encontro-me com a vida
e nela me perco em mim mesmo
daquilo que sou
apenas a incerteza
que nasce de verdes esperanças
em tardes que se anunciam
novas estações
de tempos sempre novos
que germinam no solo das possibilidades
que em mim cultivo
nas impossibilidades
a certezas quase sempre incertas
da fé que me refaz
humano em outros passos
e caminhos desenhados
com as cores dos sonhos
que sempre serão novos
enquanto acreditar
que a vida é sempre uma alegria
a ser sempre redescoberta
nos retalhos de velhos sonhos
que sempre são novos
em minha alma
que clama pelas esperas
ainda não reconciliadas

Pe. Flávio Sobreiro
Poeta, Filósofo Clínico
Cambuí/MG

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