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Phaínesthai como critério de verdade nas redes sociais*

Estava a refletir sobre fenômenos nas redes sociais que mostra o quanto podemos nos equivocar, com o que se apresenta como uma verdade inconteste.Segundo o filósofo Russerl que deu um conteúdo novo a essa palavra tão antiga.

O termo fenômeno, örigina-se etimologicamente do verbo grego PHAÍNESTHAI, que significa "mostra-se".Fenomêno, quer dizer:ö que se mostra em si mesmo,o que se revela.

Na verdade o que vejo nas redes sociais, ainda não se aproximou do conceito grego Phaínesthai, por falta de oportunidades de leitura e reflexão, perdemos a oportunidade do conhecimento do outro SER real do outro lado de nosso laptop,viramos um emaranhado de entes passeando nas redes, postando argumentos, verdades e inverdades do outro, para deleite e degustação muitas das vezes masoquistas do outro, através dos posts e de curtidas sem explicações e justificativas.

Mergulhando na caverna, visitamos a ilógica da via unica, onde todos serão analisados por fragmentos solitários e julgados numa lógica de mão única de herança clássica,gerando e banalizando a extirpação da humanidade do homem.Estamos ainda nas redes na segunda etapa do que seria um verdadeiro fenômeno segundo Husserl: o do objeto intuído(aparente), como o que nos aparece aqui e agora.

Devemos estar alerta para a representação mental do outro.Se nosso olhar, supondo, volta-se para uma cachoeira, um sentimento de prazer (música) que nos fala de amor, iremos recorrer a análise intencional, isto é partiremos das coisas mesmas, pois para Husserl a consciência destas imagens não são só frutos de um ato gerado pela razão, é muito mais do que isto, são todos os nossos atos psiquícos ou vivências intencionais.

Sem tentar esgotar esta breve reflexào, coloco um questionamento: e nós que estamos conectados e interligados com a emoção, o pensamento e cotidiano dos nossos amigos de lista, já estamos buscando encontrar a verdadeira essência do Phaínesthai em nossas comunidades e na relação com o outro?implicitamente considero este pensar numa intencionalidade básica de participante, a de:partilhar o que penso e de cumplicidade pela busca comum a todos: a aproximação e conhecimento do meu próximo virtualmente falando.

*Ivânia Egas
Professora ínterprete de surdos, Filósofa Clínica
Manaus/AM

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