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Fragmentos filosóficos delirantes XCXXV*



" Escrever é um caso de devir, sempre inacabado, sempre em via de fazer-se, e que extravasa qualquer matéria vivível ou vivida"

"Não há linha reta, nem nas coisas nem na linguagem. A sintaxe é o conjunto dos desvios necessários criados a cada vez para revelar a vida nas coisas"

"(...) as coisas são mais perigosas que os seres humanos: eu não as percebo sem que elas me percebam; toda pecepção como tal é percepção de percepção"

"Um mapa de virtualidades, traçado pela arte, se superpõe ao mapa real cujos percursos ela transforma"

"O original, diz Melville, não sofre a influência de seu meio, mas, ao contrário, lança sobre o entorno uma luz branca lívida, semelhante àquela que 'acompanha no Gênesis o começo das coisas"

"(...) a língua não dispõe de signos, mas adquire-os criando-os, quando uma língua age no interior de uma língua para nela produzir uma língua, língua insólita, quase estrangeira"

"Já não é a sintaxe formal ou superficial que regula os equilíbrios da língua, porém uma sintaxe em devir, uma criação de sintaxe que faz nascer a língua estrangeira na língua, uma gramática do desequilíbrio"

"É que o espírito que contempla não é em si mesmo vazio, e as abstrações são os olhos do espírito"

*Gilles Deleuze

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