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Sombras*

Tentava desvendar seu intimo
por fotos sobradas

Em álbuns públicos
frases ermas..

Com poemas sem linha
Era suave e mergulhava fundo

Tinha fôlego e anunciava
Uma dor refinada diluída quase liquida

Tudo tão esteticamente pensado
Que parecia ter um espelho sempre a mão

Escondia-se claramente entre as algas
Seu lugar é ao fundo do mar por isso sofria
Sobrava-lhe brânquias ideias onde só tinha ar
No mar, faltavam-lhe as sombras.

*Alba Regina Bonotto
Psicóloga, Filósofa Clínica
Curitiba/PR

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