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Profecias Maias, uma reflexão*

Antes de tudo prefiro questionar sobre o que se esconde no comportamento da humanidade quando o assunto é profecia. O que muitos desejam ver destruir? Por que o medo coletivo frente as profecias? Que há um desejo de mudança não temos dúvidas. Que estamos todos insatisfeitos com o caminho que a humanidade está tomando não duvidamos.

Por que cientistas, mídia, jornais, revistas, livros investem tanto neste impasse? Por que mesmo não acreditando muitos questionam e param para ler e ouvir sobre o tema?

Mais que responder se as profecias poderão se realizar, é fundamental uma reflexão profunda sobre como absorvemos estas informações e o que ela provoca em nós. Não podemos sair de uma profecia que é cruel: - Somos mortais! A qualquer hora nossa vida vai terminar. Esta é uma realidade que evitamos pensar.

Imaginar a morte coletiva, o fim deste mundo, nos incomoda. Como não sabermos como o mundo iniciou, pelo menos temos a fantasia que podemos prever seu fim. A ciência corrobora e as profecias alimentam este imaginário trágico. Como a natureza é trágica e também cruel, como desconhecemos o que está além das estrelas, vamos dissolvendo a angústia existencial quando um fenômeno cosmológico se apresenta.

Para os Maias, vivemos na Quarta era de um Ciclo Solar, que iniciou em 13 de agosto de 3113 a.C. finalizando em 21 de dezembro de 2012, segundo o Calendário de Longa Duração e o Tzolkin, dado pelos seus ancestrais Olmecas.Neste período o sol deverá se alinhar com o centro da galáxia.

Em várias cidades na Guatemala e no México, como a cidade de Palenque, foram construídos templos, pirâmides que deixaram muitos indicadores com informações codificadas, datadas de 500 d.c. No túmulo de Pacal Votan, um dos principais reis do povo maia clássico, foi encontrado material sobre as profecias.

O legado que o povo Maia deixou para todos é que a história da humanidade está modelada por uma radiação luminosa, de energia cíclica.

O centro galático, segundo os Omelcas se encontra na Estrela Polar. Em outras tradições, o centro se encontra no Meio do Céu – zênite. Os Maias reconheciam um terceiro centro galático e previram matematicamente que em 21/12/2012 estes três centros estarão sincronizados. Este fenômeno é conhecido como Precessão dos Equinócios, ciclo da Terra que leva 25.920 anos para se completar. O centro da galáxia se alinha em nosso sistema solar a cada 25.920anos.

Alejandro Oxlaj, presidente do Conselho Nacional dos Anciãos maias, um dos mais importantes líderes espirituais dos Maias na contemporaneidade explica que a terra cruzará o centro de um eixo magnético e ficará mergulhada numa nuvem negra durante 60 a 70 horas. Antes é o tempo de grande oportunidade de transformação para os caminhantes da trilha do espírito.

O alinhamento da Precessão dos Equinócios em 21 de dezembro de 2012 coincide com as profecias Maias. Há 2600 anos isto aconteceu e o mundo não acabou. Então o que desejaram transmitir os Maias?

Que no final do ciclo deles de 5125 um novo tempo para humanidade se abriria trazendo uma consciência mais amplificada.
Assim, cabe a nós entrar nesta frequência de reflexão, pensar o que devemos eliminar para vivermos com mais qualidade. Pensando no Nós. Lembrando que o Eu faz parte “do Nós”. Afinal, somos sementes inteligentes do multiverso. “Nada se perde tudo se transforma” nos ensinou Lavoisier.

Bom lembrar que o que realmente importa é vivermos este estado terreno com consciência de que pode não haver um amanhã. Com ética, responsabilidade e principalmente pensando com o coração.

*Rosângela Rossi
Psicoterapeuta, escritora, filósofa clínica
Juiz de Fora/MG

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