Escrituras, desleituras, releituras III*
"Toda magia que não se transcende - isto é, que não se transforma em dom, em filantropia - devora a si mesma e acaba devorando seu criador"
"Se o poeta abandona seu desterro - única possibilidade de rebeldia autêntica -, abandona também a poesia e a possibilidade de que esse exílio se transforme em comunhão"
"Magos e poetas, ao contrário de filósofos, técnicos e sábios, extraem seus poderes de si mesmos"
"Com muita frequência se compara o mago ao rebelde. A sedução que sua figura ainda exerce sobre nós é consequência de ter sido ele o primeiro que disse Não aos deuses e Sim à vontade humana"
"Nós somos o tempo, não são os anos que passam, mas nós que passamos"
"Valéry comparou a prosa com a caminhada e a poesia com a dança"
"Nascido da palavra, o poema desemboca em algo que a transpassa"
"A poesia nos abre a possibilidade de ser que decorre de todo nascer; recria o homem e o faz assumir sua verdadeira condição, que não é a alternativa vida ou morte, mas uma totalidade: vida e morte num único instante de incandescência"
"O ato de escrever poemas se oferece ao nosso olhar como um nó de forças contrárias, no qual a nossa voz e a outra voz se enlaçam e se confundem. As fronteiras ficam imprecisas: nosso discurso se transforma insensivelmente em algo que não podemos dominar totalmente; e nosso eu dá lugar a um pronome inominado, que tampouco é inteiramente um tu ou um ele. Nessa ambiguidade consiste o mistério da inspiração"
"A palavra poética jamais é completamente deste mundo: sempre nos leva além, a outras terras, a outros céus, a outras verdades. A poesia parece escapar à lei da gravidade da história porque sua palavra nunca é inteiramente histórica. A imagem nunca quer dizer isto ou aquilo. E antes o contrário, como se viu: a imagem diz isto e aquilo ao mesmo tempo. E até: isto é aquilo"
"A vida é um sonho e os homens, fantasmas desse sonho"
"O poeta limpa de erros os livros sagrados e escreve inocência onde se lia pecado, liberdade onde estava escrito autoridade, instante onde se gravara eternidade"
" O desaparecimento da imagem do mundo ampliou a imagem do poeta: a verdadeira realidade não estava fora, e sim dentro, na sua cabeça ou no seu coração"
*Octavio Paz
1914 - 1998
"Toda magia que não se transcende - isto é, que não se transforma em dom, em filantropia - devora a si mesma e acaba devorando seu criador"
"Se o poeta abandona seu desterro - única possibilidade de rebeldia autêntica -, abandona também a poesia e a possibilidade de que esse exílio se transforme em comunhão"
"Magos e poetas, ao contrário de filósofos, técnicos e sábios, extraem seus poderes de si mesmos"
"Com muita frequência se compara o mago ao rebelde. A sedução que sua figura ainda exerce sobre nós é consequência de ter sido ele o primeiro que disse Não aos deuses e Sim à vontade humana"
"Nós somos o tempo, não são os anos que passam, mas nós que passamos"
"Valéry comparou a prosa com a caminhada e a poesia com a dança"
"Nascido da palavra, o poema desemboca em algo que a transpassa"
"A poesia nos abre a possibilidade de ser que decorre de todo nascer; recria o homem e o faz assumir sua verdadeira condição, que não é a alternativa vida ou morte, mas uma totalidade: vida e morte num único instante de incandescência"
"O ato de escrever poemas se oferece ao nosso olhar como um nó de forças contrárias, no qual a nossa voz e a outra voz se enlaçam e se confundem. As fronteiras ficam imprecisas: nosso discurso se transforma insensivelmente em algo que não podemos dominar totalmente; e nosso eu dá lugar a um pronome inominado, que tampouco é inteiramente um tu ou um ele. Nessa ambiguidade consiste o mistério da inspiração"
"A palavra poética jamais é completamente deste mundo: sempre nos leva além, a outras terras, a outros céus, a outras verdades. A poesia parece escapar à lei da gravidade da história porque sua palavra nunca é inteiramente histórica. A imagem nunca quer dizer isto ou aquilo. E antes o contrário, como se viu: a imagem diz isto e aquilo ao mesmo tempo. E até: isto é aquilo"
"A vida é um sonho e os homens, fantasmas desse sonho"
"O poeta limpa de erros os livros sagrados e escreve inocência onde se lia pecado, liberdade onde estava escrito autoridade, instante onde se gravara eternidade"
" O desaparecimento da imagem do mundo ampliou a imagem do poeta: a verdadeira realidade não estava fora, e sim dentro, na sua cabeça ou no seu coração"
*Octavio Paz
1914 - 1998
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