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Lua Lua*



Ela está aqui, numa noite mais adentro. Nua e não crua. Uma Lua Lua.

Dá continuidade a anterior de forma imperceptível, refinada e com raízes mágicas e impressionantes. Mas não se engane: ela vem potente e mágica, sutil e trágica, e deve ser recebida, de qualquer modo, pois será difícil escapá-la.

Sua experiência vem em forma circular e perfeita, com efeitos vertiginosos que, de forma paradoxal, trarão a visão de, no mínimo, um duplo. Sua dança apresenta-se ilógica, central e abrangente, em um compasso não frequente. Suas referências estão implícitas e sua proximidade acessa lugares conhecidos há tempos. Dará realmente chance para um poderoso sentir, uma localização rumo a um possível e estrondoso sentido, em um caminho impreciso.

Na minguante é que esta noite será mais noite, e nesta ausência de luz haverá possibilidade de de cocria-la, com espaço para desenvolver-se em um auto-magistério, que seguirá altamente estimulado. A busca de um sentido apresentar-se-á, no entanto, arredia. Mas o caminho caminha!

A saída desse aparente turbilhão chama-se gratidão. Esforce-se para acessá-la e ela o levará ao regozijo, indispensável à chegada do que se apresentará tão logo haja mu_dança/ moviment_ação, rumo à prosperidade. Através dela tudo será alcançado, mesmo que pareça disfarçada de nada. Nâo se engane: há potência e sutileza. Mas não vidência que lhe faria cega e colocaria seus esforços em vão. Sua nitidez é de outra natureza, pois não lhe cabe iluminar, mas sim despertar e inclinar. E o nome dessa lanterna poderia ser silêncio. De onde tudo poderá ser visto, ouvido, sentido, uma vez acolhido.

Esta Lua Lua é Libra, que co-incidência! Mágica. Como pode uma Lua acolher a tantos e ser Uma? Ela encerra-se neste segredo. Há parcerias. De tempos em tempos, ao longo do tempo. Isso lhe confere potência, e sutileza. Esta é a sua causa mágica. E para ela não há descrição, apenas aceitação. A partir daí, tudo poderá ser compreendido. Mas isso é o que menos importa, pois seu centro estará em toda parte, daí a vertigem, a prisão envolvente e essa própria outra Lua que lhe é parte, e a (re)torna diferente.

Lua_/|\_Lua

*Renata Bastos
Terapeuta astral, filósofa clínica, mestre em filosofia
São Paulo/SP

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