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Poetando*



Fui poesia quando não podia ser vida
enquanto diziam que eu fazia poesia da vida.
Assim, me amaram nos textos,
mas neles eu sublimava.
Fazia os personagens dos filmes, sorria por dentro, chorava na carne.
E um dia, de tanto papel escrito empilhado,
a poesia se materializou.
Pensamentos repetidos se fizeram coisas
e junto às coisas apareceram pessoas.
Junto com as coreografias que imaginei para a bailarina,
de sapatilha em ponta e tutu de tule,
me apresentaram o espetáculo com cenário de luzes
a céu aberto.
Assim, há chance para recompor a identidade;
Talvez não seja Marte,
Mas uma outra vida.

*Vânia Dantas
Filosofa Clínica
Brasília/DF

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