Sutilmente, no soturno
da noite me pego em pensamentos, quando me vem em mente a considerada reflexão
de como a Filosofia pode oferecer meios para clarear aos olhos do tal mundo e
de como lidar com "problemas" e também a delicadeza de levar indivíduos
a caminharem do ócio para o refletir mais acentuado levando-os a viver em
direção ao norte !
Na prática da Filosofia
Clínica, não poderia ser diferente, pois um olhar carinhoso, um abraço
aconchegante, um sorriso como expressão de vontade e prazer, levará um conforto
preciso ao partilhante que deixará de sentir o "problema central
" e soltará um suspiro conspirador mútuo ...
E o momento da busca
que era o progressivo bem estar vem a tona, sem análise de sintomas
rotulados, mas sim o sentido íntegro do movimento que o levou a procurar ajuda
para então dividir seu sofrer.
Então, realizar esse
propósito enternecedor, suavemente o terapeuta vislumbrará no olhar do
partilhante menos desconforto para poder então enfrentar seu dia a dia com mais
perseverança e uma boa dose de persistência pois afinal a vida é tão
"rara"...
E "tornar-se
pessoa" é algo extremamente sério, exige-se pois uma dose de emoção,
arrepio e sensibilidade nua, sem pré-juízos, despido de todas as ferramentas
possíveis que pudessem ser desconfortáveis ao ser humano aqui falando...
Pois bem, parece tão
complicado e ao mesmo tempo tão simples, quando se usa o íntimo das entranhas,
ou seja, frente a frente com a pessoa, simplesmente pelo que ela é, não porque
é, mas sim pelo que que fizeram dela. Mas dentro das minhas divagações, é tão
abrangente que sonharia até que todos que lessem conseguissem transcender e
interiorizar a pura sensação...
E volto a afirmar como
tese talvez, que é pura arte, é subjetivo porque entra emoção, representa
valores, expressões, enfim tudo o que carregamos dentro de uma bagagem
universal, um mundo completamente intocável e sim apenas compartilhado por quem
estiver a fim de dividir vidas...
*Ivonete Maria Rodrigues
da Rosa
Filosofa Clínica
Florianópolis/SC
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