Três são suas fases
visíveis
Três também seus
movimentos férteis
Ainda três são os Reis
Magos.
Nessa trina há rima
Assim, ela vem
maestrina
Com sua regência sutil
e fina.
Mas cuide para que não
sejam levadas ao vento
As criações de tantos
alentos
Pois as grandes causas
estão em seus rebentos.
Mas para os três
primeiros não há rima
Pois neles impera a
imparidade
E, de forma fascinante,
também sua probidade.
O triplo distribui,
espalha, cria
E nesta lua chega e
procria
Pró-criação deveria ser
então sua oração.
(Mas não há perdão sem
coração
Pois nele há também
razão
Uma que oferta mesmo
sem pão.)
Dezoito foram as linhas
E com esta, vinte
(quase uma)
Mas só aqui pode
aparecer: que três é também e antes criatura.
Então não sejamos
desavisados
Em nossa criação há
também ignorância
Mas dela é que pode
brotar algo que seja de real pujança
E claro que há alegria
diante do três ao cubo
Aqui sua potência
encontra-se trielevada
Para tanto, haja
reverência e que ela possa ser assim triplicada.
(É bem possível que o
que mais queiramos agora seja uma terceira via que estabeleça relações entre
antagonismos que apareceram dentro e fora de nós recentemente. A chance aqui se
apresenta. Exercitemos, para isso, nossas visões pois, diante dessa possibilidade
de encontro, é preciso somente um pouco de paciência para que essa terceira via
seja vislumbrada.)
*Renata Bastos
Astróloga, filósofa, filósofa clínica
São Paulo/SP
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