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Anonimato*


Quero o anonimato das estrelas
que brilham sem serem notadas
e mesmo assim não deixam de irradiar sua luz
quero o anonimato da chuva
que devolve vida à terra seca
quero o anonimato da lua
que encanta os poetas
e desperta nos silêncios da alma
as palavras fecundadas pela beleza
que nascem da contemplação
quero o anonimato dos rios
que enfrentam dificuldades
para chegar ao mar
e ao concluírem seu percurso
não recebem aplausos
mas imersos na felicidade
sabem ser apenas
silêncios de agradecimento

*Padre Flávio Sobreiro
Poeta, escritor, estudante de filosofia clínica
Cambuí/MG

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