Ah, o mito da caverna
de Platão. Conhecido por por muitos. Nem sempre bem compreendido por mim. Homens vivendo em
cavernas. Conheciam apenas o reflexo das coisas. Suas sombras projetadas nas
paredes. Contornos de fantasmas da realidade.
O conhecimento mais
completo se daria pelo contato com a realidade. Mostrada pelo brilho da luz do
sol. Pela claridade mesma das coisas. E viva o sol!!! E o sol
subiu ao intelecto. Cristalizou-se sobre as coisas. E deu curto-circuito.... Seria tudo tão simples
assim?
A claridade excessiva
ofuscou meu conhecimento. A máxima brancura cegou minhas vistas. E o
conhecimento envaideceu-se de si mesmo.... Andou pelas margens da desrazão.
Mais filosofia. Outra
filosofia, por compaixão. Oh, Sócrates venha em meu auxílio. Quanto mais avança
o conhecimento, mais se abrem as lacunas de um novo não-conhecimento.... Imagino-me pelo caminho:
morando na caverna, com suas sombras. Andando pelo mundo, ofuscado por excessos
de claridade. O intelecto e a razão exercendo seus imperialismos sobre as
coisas.
Aqui estou eu agora.
Procurando por uma terceira caverna. De conhecimentos sem definições certeiras.
Um novo aconchego a cavernas com contemplações e representações mais
significativas.
*José Mayer
Filósofo, Estudante de Filosofia Clínica
Porto Alegre/RS
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