Escrita, pichada,
falada.
Nos muros, nos lares,
nos bares, nos mundos.
De direita, de
esquerda, pelega, reacionária.
De amor, de dor, de
horror, de flor.
Inventada, copiada,
esculpida e aclamada.
De ninguém, de todo
mundo.
Pra ninguém, pra
alguém.
Direta ou indireta,
clara ou obscura.
Que fala de algo, que
não fala de nada.
Que escuta, que
sussurra, que apanha, que esmurra.
Com uma palavra só, com
palavras sem dó.
Musicada ou palavreada.
Com licença fonética.
Nos ônibus, trens,
metrôs, barcas, aviões.
Nas paradas, nas
estações, nos embarques e desembarques.
Sem graça, engraçada,
politizada, despreocupada.
Sobre sexo, maconha,
rock ’n’ roll.
Em uma imagem
fotografada, pensada, sonhada, pintada.
Literatura não é só
palavra.
Literatura não é só
conto, poema, verso ou prosa.
Ela está em
lugar-nenhum e está em todos os lugares.
Assinada ou não ela
sempre será literata.
*Vinicius Fontes
Filósofo Clínico
Rio de Janeiro/RJ
Comentários
Postar um comentário