As vezes penso que sou
feita de ar, mar e poesia. Estranha sensação de não pertencer ao mundo dos
seres humanos.
Ora me sinto água, ora
me sinto chão, e, de repente, viro multidão!
São tantas as personas
da minha alma que não consigo quantificar. Olho discretamente minha sombra na
parede. Enxergo uma figura com forma de "ser" refletida e me encanto!
Quanto mais profundo
for o sentimento de busca mais e mais eu me encontro. Um encontro meio tímido,
um pouco silencioso... Apenas um encontro!
E pensar que por vezes
me senti tão distante de tudo isso que estou sendo e fazendo a cada
amanhecer!!!
É, viver sempre tem um
porquê.
No desespero da música
que a vida apresenta em cada hora, da noite ou do dia, eu reencontro o sentido
de tantas palavras mal proferidas. Quantas noites insones, perdidas! Quantos
dias de choro e de luta para se manter de pé diante da hipocrisia que muitas
vezes se apresenta nua e crua na estrada da nossa vida, cidade, lugar coração!
E resolvo novamente
acreditar no perdão!!! Sim! Uma trégua! Alívio na alma. Dor resolvida.
Sinto-me mais forte
hoje. Sinto-me mais feliz e firme. Sinto-me totalmente liberta das amarras da
culpa. Sim! Culpa! Muita culpa cultivada por ter sido agendada toda uma vida ou
quem sabe vidas. Agendamentos desnecessários, tristes, nada salutar.
Que os demônios
descansem em paz pois eu não aceito, por agora, me culpar nunca mais!
Aí, lembro que sou
feita de luz, amor, ilusão! Quanta decepção!
Se o vento soprar para
o sul caminharei devagar e saberei encontrar meu norte sem precisar mais de uma
bússola. Já tenho as coordenadas do caminho dentro de um mapa que guardo no
coração.
Está tudo indo bem... O
rumo tomado foi o mais adequado. Tudo tem remédio. Tudo tem conserto.
A esperança volta
galopante para perto, bem perto da minha alma. A luz da fé voltou. Clareou!!!
*Vanessa Ribeiro
Filósofa, Atriz,
Dançarina, Filósofa Clínica
Petrópolis/RJ
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