“O desejo é fundamental polívoco, e sua polivicidade
faz dele um único e mesmo desejo que banha tudo.”
Kafka
“...formas de
corporeidade, de gestualidade, de ritmo, de dança, de rito, coexistem no
heterogêneo com a forma vocal. ”
Deleuze e Guattari
Ainda sobre o
neologismo no pensar, o pensamento é um voo que vai além da univocidade, ele
tem sua pluralidade no efeito dos significados. Está certo, o significado é
preciso mas ele percorre o signo como um estilhaço de origens. O fato de
existir a criação, de recriar naquilo que já existe outros existentes nomes é o
que legitima a polivicidade dos nomes.
Um nome sozinho é um
achado no meio da linguagem, é o que faz o filósofo da contemporaneidade, não
recorrer apenas o existente e não se iludir com os nomes, flexibilizar os
caminhos, romper barreiras com a força da linguagem.
Não existe um sem outro, o
pensamento e a linguagem não estão isolados. Mesmo com o artificialismo das
coisas, até aí foi preciso o pensar sobre a origem da polivicidade das formas.
O pensamento serve ainda para contribuir nos mistérios da criação, a linguagem
é o caminho do neologismo desterritorializado no fluxo da linguagem do
cotidiano.
*Luis Antônio Gomes
Doutor em Comunicação.
Editor Sulina. Prof. PUC/RS
Porto Alegre/RS
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