O sonho na prateleira
me olha com seu ar
de boneco quebrado.
Passo diante dele
muitas vezes
e sorrimos um para o
outro,
cúmplices de nossos
desastres cotidianos.
Mas quando o pego no
colo
(como às bonecas tão
antigamente)
para avaliar se tem
conserto
ou se ficará para
sempre como está,
sinto sem estranheza
que dentro dele ainda
bate
um pequeno tambor
obstinado
e marca – timidamente –
um doce ritmo nos meus
passos.
*Lya Luft
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