Sabia muito bem
Desde o começo
Dos perigos que corria
Até havia lhe pedido
Em um bilhete escrito
Que não me deixasses
Conhecer sua alma.
Avançamos porém os
sinais.
Éramos duas crianças
Brincávamos e sorríamos
Me ofereceste teus
olhinhos
Por onde entrei
E me perdi
E fiquei
E descansei.
Paguei por ter te
olhado a olho nu.
Eu já sabia
Que fecharias as portas
De entrada e saída
Então te levei para
morar comigo
Tenho agora duas almas
dentro de mim.
*José Mayer
Filósofo. Livreiro. Poeta.
Estudante na Casa da Filosofia Clínica
Porto Alegre/RS
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