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Nem todos os quebrantos, toda alquimia e nem todos os santos*


Acontece sim, com frequência, de casais não resistirem.
O que não tem juízo, não faz sentido e não se explica.

O que se sente e prende, quando em laço os sentidos atende e, se cuidado, regado e amparado com carinho e respeito, nada, nenhuma mandinga, pai de santo, nada vai desfazer. Nada vai separar um casal que se ama.

O pecado é que acontece de muitos casais não resistirem às influências externas. Acontece, tristemente, aos olhos dos que apostavam naquela linda e promissora relação, o fim.

Acontece, para decepção e angustia de uma das partes que apostou que deu o seu melhor e que confiou, do outro desistir. De o outro sucumbir ao entorno, muitas vezes egoísta e injusto que julga, condena e cobra momentos, presenças e recursos os quais por preguiça ou pura maldade, faz apenas, exigir, exigir e exigir.

Acontece, para decepção de alguém que luta contra tudo e todos para permanecer em um amor, apesar de toda dificuldade, daquele que esperava as coisas melhorarem, perder a paciência, ir embora, não acreditar mais nos esforços do seu amado, não acreditar mais na providência divina e em dias verdadeiramente melhores, pacíficos.

Os casais, as pessoas que se unem em nome do amor, os defensores do amor romântico, modelo de família que rege um viver bem acompanhado, onde um cuida do outro, só faz sexo com o outro, tem afeto, respeito, esses são passíveis de serem afetados pelo entorno, sim.

Acontece sim, com frequência, de casais não resistirem. Não cumprirem o seu propósito. Acontece de casais descobrirem que o que sentiam não era tão grande, tão forte ou verdadeiro. Acontece mesmo, de nem ao menos ter havido um propósito. E é aí, na falta de propósito, que começa como um pequeno sonho, que muitos casais deixam tudo para trás.

Quando um casal é forte em um ideal, somado a uma química potente, mais educação e dedicação, nada os separa. Nada os impede. Nenhum dos motivos citados acima ou tantos outros não mencionados aqui. Mesmo uma maldade disfarçada de amor, de dependência, de carência ou de direitos, nada separa um casal fortalecido na vontade de permanecer juntos.

A alegria da maldade é ilusória.

Está dito!

*Dra Jussara Hadadd
Terapeuta Sexual. Filósofa Clínica. Escritora
Juiz de Fora/MG

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