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Versos e prosas*


Ser escritor... Ser poeta...
Um exercício das almas livres.
Rosângela Rossi

O que nos leva a colocar para fora nossas dores e amores? Nossa lucidez ou nossa loucura?
Nosso desejo altruísta ou nosso egoísmo?
O que nos faz usar a linguagem escrita com tanta avidez?

Lacan explica que inconsciente se estrutura pela linguagem. Será só pelo desejo de "nos fazer" que escrevemos? Que deuses nos habitam e nos clamam a esta tão nobre ação?
Somos mais sensíveis? Somos mais apaixonados? O que nos diferencia?

F. Scott Fitzgerald (O Grande Gatsby) escreveu:
"Você não escreve porque quer dizer alguma coisa. Você escreve porque tem algo a dizer"

Truman Capote (A Sangue Frio) explicou:
"Para mim, o maior prazer em escrever não está no assunto sobre o qual escrevo, mas na música interior em que essas palavras soam."

Lord Byron (Don Juan) declarou:
"Se eu não escrever para esvaziar minha mente, eu fico louco."

Gustave Flaubert (Madame Bovary) desabafou:
"Escrever é uma vida de cão, mas é a única vida que vale a pena viver."

Escrever nos esvazia e nos preenche. Faz-nos transitar dentro e fora deste infinito finito existir, no dar vazão ao ser incognoscível. Enfim, o porque pouco importa. O que realmente vale é que fazemos a caminhada com versos e prosas e cumprimos nosso humano demasiadamente humano neste exercício de comunicar através dos signos e significados. No fim sempre dá prazer, mesmo que com muita dor, o prazer acontece e nos basta!

Ser poeta e escritor é um nobre devaneio libertador, por isto estamos aqui...unidos em uma e por uma loucura sana.

Termino com uma linda frase do querido escritor Rubem Alves:
"Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar”

Digo desabafo:
Ser escritor e ser poeta é ter asas da imaginação sempre prontas a libertação!

*Rosângela Rossi
Psicoterapeuta, Filósofa Clínica, Escritora, Poeta
Juiz de Fora/MG

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