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Fragmentos Filosóficos Delirantes*



"Território escorregadio de questionamento e de reinvenções do novo, tela de fundo dos avanços ou retrocessos da sociedade, a modernidade cristaliza os processos sistematicamente feitos aos níveis social, político e estético. Com seus espelhos convexos, e côncavos, a modernidade é uma espiral de contradições, de esperanças, de decepções e de reinícios."

"Pensada como fábrica de transgressões, a literatura é uma construção, ao mesmo tempo histórica e imediatamente contemporânea."

"O que o deus Cronos não perdoa às vanguardas é o frescor e a espontaneidade de suas extravagâncias."

"O gesto vanguardista por excelência é a provocação verbal ou visual. Os criadores vanguardistas que se batizam de futuristas, surrealistas, dadaístas, criacionistas, minimalistas, maximalistas, proclamam sua diferença e operam a ruptura."

"Nesse polimorfismo literário, as vanguardas se destacam por marcarem, cada vez, o advento de uma linguagem nova. As vanguardas que reescrevem e perlaboram a modernidade também garantem sua sobrevivência para além de suas descontinuidades."

"Nietzsche avança a ideia da multiplicidade do sujeito tomado no sentido de uma vontade de ser e de um receptáculo fortuito dos diversos sentidos do mundo. O múltiplo destrói a concepção de uma presumida unidade fundadora do sujeito. Assim como o mundo é composto de um número indefinido de significados, o sujeito está submetido ao jogo das perspectivas."

"A performance pós-moderna desemboca antes no processo do que num objeto temporal acabado."

* Wladimir Krysinski in "Dialéticas da Transgressão". Ed.Perspectiva. SP. 2007

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