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Fragmentos Filosóficos Delirantes*



"Ao desenhar refúgios entrelinhas de saber excessivo, um velho conhecido se faz estrangeiro à natureza que muda para se manter. Na interrogação das incertezas o silêncio oferece novas versões na transgressão da palavra."

"O vocabulário da singularidade pode referir temas com significado próprio, mesmo quando se utiliza de expressões contidas no dicionário comum. Nesse sentido, pode ser importante superar os limites do mundo atual. As releituras costumam viabilizar essa decifração."

"O autor, como investigador de raridades, busca afinar seu estilo de acordo com as fontes por onde transita. A ele se oferece o desafio de encontrar o melhor ângulo, para realizar a magia da interseção aprendiz."

"Como um artesão a esculpir sua obra de arte, o Filósofo Clínico trata de aprender com os signos imprevistos. Elabora escutas, olhares e diálogos, no lugar onde a estrutura das profecias se manifesta."

"A natureza também insinua seus originais na impermanência de um talvez. Instantes em que a conexão propõe a novidade discursiva ao sem rosto das aparências. Assim, para além da mentira civilizada, outras verdades ensaiam inéditas versões."

"Verdades sem rosto conhecido parecem encontrar refúgio no discurso de aparência difusa. Talvez por isso a natureza do que se busca expressar reivindica palavras, sons, ressonâncias, a fazer sentido na ótica das invisibilidades."

"Nesse extraordinário idioma é possível localizar várias fontes - de saber - , devaneios de reinvenção. Contradição bem-vinda a inaugurar pontos de vista, até então, cristalizados num passado sem sentido. A pressa em querer consertar desajustes pode manter tudo como está."

"A terapia como inspiração, acolhe, tenta qualificar interseção e busca entender os tropeços iniciais, para antever escutas e vislumbrar sons de raridade inadequados às palavras. Em cada pessoa, uma obra aberta persegue-se na impermanência das crises. Dialetos de aparência estrangeira denunciam a realidade contaminada pela fugaz poesia dos delírios."

*Hélio Strassburger in "Pérolas Imperfeitas - Apontamentos sobre as Lógicas do Improvável". Ed. Sulina. RS. 2012

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