Se ao mesmo gozo antigo
me convidas,
Com esses mesmos olhos
abrasados,
Mata a recordação das
horas idas,
Das horas que vivemos
apartados!
Não me fales das
lágrimas perdidas,
Não me fales dos beijos
dissipados!
Há numa vida humana cem
mil vidas,
Cabem num coração cem
mil pecados!
Amo-te! A febre, que
supunhas morta,
Revive. Esquece o meu
passado, louca!
Que importa a vida que
passou? Que importa,
Se inda te amo, depois
de amores tantos,
E inda tenho, nos olhos
e na boca,
Novas fontes de beijos
e de prantos?!
*Olavo Bilac
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