Não havíamos marcado
hora, não havíamos marcado lugar. E deu-se este encontro. Andávamos pelas ruas
da cidade tão felizes. Por fim não sabíamos mais se andávamos ou se voávamos...
Corria um vento tão
gostoso. A brisa balançava os cabelos dela para lá e para cá. E eu ficava com
ciúme do vento e dos carinhos que ele fazia nos cabelos dela.
Os estranhos eram
apenas os amigos que nós ainda não conhecíamos. Nossos olhinhos diziam que todo
mundo gostaria de se mudar para um lugar mágico
Corríamos e soprávamos
o vento andando por aí. Ríamos dos relâmpagos e dos trovões. E bebíamos as
águas das tempestades.
Quando nos dávamos
conta do lugar onde estávamos, já tínhamos ido embora.
A meia noite fechou
seus olhinhos e na madrugada o canto e a dança dela impediram que eu fosse
embora.
E descobrimos que a
palavra amor andava meio vazia, tinha tão pouca gente dentro dela....
*José Mayer
Filósofo. Livreiro.
Poeta. Estudante na Casa da Filosofia Clínica
Porto Alegre/RS
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