“...Um e Infindo,
destruído,
eu-truído.
Luz havia. Salvação.”
Paul Celan
Isto não é um poema. A
poesia é para lembrar o tempo difícil que está para começar, o tempo em que o
livro deixará de ser o livro que ilumina. O livro é que clareia ideias, que faz
viajar os corações dos leitores a outros mundos.
Estaremos em outro tempo? A
escuridão das ideias me assusta, temo pelo fim do espaço em que tudo pode ser
dito, lido e compreendido, em que o que valerá são os restos de pensamento.
Quase nada! Apenas por ser lei.
Lei da exclusão, é que terá legitimidade. O
mundo é esse eterno queimar, esse esquecimento do que é estranho ao Outro, o
que não faz parte do meu pensamento, para os inquisidores faz parte do mundo.
Eu preciso de todos os pensamentos para poder escolher meu livro preferido, meu filme, a minha música. É preciso existir a distância para poder ver o que está por perto.
Eu preciso de todos os pensamentos para poder escolher meu livro preferido, meu filme, a minha música. É preciso existir a distância para poder ver o que está por perto.
*Prof. Dr. Luis Antônio
Paim Gomes
Filósofo. Editor.
Escritor. Livre Pensador.
Porto Alegre/RS
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