Nunca houve carência de
amor nem no mundo nem na história. Não há miséria no amor! O problema sempre
foi a carência de amar de ontem e de hoje. E essa carência persiste em muitos
corações vazios.
Ora pois, para muitos,
mas muitos mesmo, amar não é amar, é somente acumular ora em posses ora em
propriedades não ultrapassando quase nunca a tentativa de aprisionar belezas
como se amar pudesse ser um tesouro aprisionado na solidão de um apego gritante
ou no cárcere de um egoísmo sufocante.
Em contrapartida, para
poucos que tentam somar e se multiplicar cada vez mais, incansavelmente, amar é
simplesmente amar tão somente porque não há concessão nem opressão, uma vez que
inexiste imposição de condições por ungirem-se numa consciência coletiva de que
amar apenas condiz com cuidar, libertar e sorrir no sentido do respeito, da
consideração, da gratidão e da paz que, por isso, literalmente é amor.
Porventura, a grande
urgência e emergência da vida possa cada vez mais se dirigir no empenho de
inverter essa equação para que um dia a carência de amar se esvaia para dar
lugar à uma singular igualdade comparável a abundância do amor para fazer
florescer o mundo de cada um e de todos. Musa!
*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Educador.
Musico. Poeta. Filósofo Clínico
Porto Alegre/RS
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