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Fragmentos Filosóficos, Literários, Delirantes*



"(...) não há saídas a escolher. Uma saída é algo que se inventa. E cada um inventando sua própria saída, inventa-se a si mesmo. O homem é para ser inventado a cada dia."

"O poeta está fora da linguagem, vê as palavras do avesso, como se não pertencesse à condição humana, e, ao dirigir-se aos homens, logo encontrasse a palavra como uma barreira."

"Assim  como a física submete aos matemáticos novos problemas, que os obrigam a produzir uma simbologia nova, assim também as exigências sempre novas do social ou da metafísica obrigam o artista a descobrir uma nova língua e novas técnicas."

"(...) a cada um de nossos atos, o mundo nos revela uma face nova."

"É o esforço conjugado do autor com o leitor que fará surgir esse objeto concreto e imaginário que é a obra do espírito."

"(...) a leitura é criação dirigida. (...) por um lado o objeto literário não tem outra substância a não ser a subjetividade do leitor (...) Assim, para o leitor tudo está por fazer e tudo já está feito; a obra só existe na exata medida de suas capacidades (...)."

"Escrever é, pois, ao mesmo tempo desvendar o mundo e propô-lo como tarefa à generosidade do leitor."

"(...) uma obra do espírito é naturalmente alusiva. Ainda que o propósito do autor seja dar a mais completa representação do seu objeto, ele jamais conta tudo (...)"

"(...) no fundo, deseja conservar a ordem social para nela sentir-se um perpétuo estranho."

"Marx, Engels, Lenin disseram mil vezes que a explicação pelas causas devia ceder o passo ao processo dialético, mas a dialética não se deixa confinar em fórmulas de catecismo."

*Jean-Paul Sartre in "Que é a literatura ?" Ed. Vozes. Petrópolis/RJ. 2015.

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