Andavam de um lado para
o outro. Corriam, juntavam-se e separavam-se. Grupos de três, quatro ou um
bando. Revezavam-se e trocavam de lugar, mas ele ria-se delas! Ria-se o
coração, das palavras tentando dizer o que nele havia.
A certa altura, com ar
cansado e condescendente, chamou-as para acompanhá-lo a um passeio. Levou-as a
um parque, com flores de muitas cores, árvores ao redor de uma balaustrada
branca que cercava uma área de grama verde, sobre a qual brincavam um menininho
e dois cachorros, um maior e outro menor.
Divertia-se muito o
menino, corria, tropeçava e caía para em seguida ser completamente lambido
pelos amigos abanando seus rabos felizes! - Viram? Disse ele. - É isso! Então,
algumas se foram desconsoladas.
Outras ficaram pra
contemplar a cena mais um pouco, e, rendidas finalmente, concluíram que embora
sentissem exatamente o que era, seriam incapazes de dizer aquilo!
Foram-se algumas,
decididas que dali por diante iriam bailar, melhor era divertirem-se, pois
sabiam que para o coração, a linguagem era outra.
*Valter Bende
Filósofo Clínico
Campo Grande/MS
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