A Verdade anda longe
das possibilidades da Aventura e da Liberdade. Aventura para em um ponto onde a
linguagem possa ser alcançada e sem que depois nos arrependamos do que pensar
nos possíveis estragos. A aventura das palavras e das frases, aquilo que Paul
Ricoeur nos mostra, “ela faz surgir, no próprio cerne da semântica da palavra,
uma incerteza, uma inquietação, um espaço de jogo, a favor do qual se torna de
novo possível lançar uma ponte entre a semântica da frase e a semântica de
palavra”. Uma interação entre a aventura e o que se escreve sobre o que se
pensa e dizemos.
Retomo todos os dias,
pelas manhãs preferencialmente, temas que considero pertinente à compreensão do
cotidiano. Um deles é sobre o postulado da palavra Verdade nesta compreensão.
Não há juízo nenhum que me faça a crer que a Ciências Humanas se vale dela para
poder melhor chegar a conclusivas sem que o fim possa ser surpreendente.
Mais uma vez, isso,
escrito apenas em 1977 por Barthes, no livro “Leçon”, lá se vão anos, e o
positivismo na cabeça dos acadêmicos ainda dá o nó necessário para no mínimo
afastá-los de vez da compreensão do cotidiano de uma leitura mais livre das
escrituras. Adeus ao pensamento único e salve a transdisciplinaridade!!!
A “literatura trabalha
nos interstícios da ciência”, escreveu Barthes e mais: “A ciência é grosseira,
a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos importa”,
e depois é ler Morin ou Deleuze, Lyotard para arejar numa manhã de sábado.
*Prof. Dr. Luis Antônio
Paim Gomes
Filósofo. Editor. Livre
Pensador.
Porto Alegre/RS
Comentários
Postar um comentário