Pular para o conteúdo principal

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"O silêncio é o espaço onde as palavras  nascem e começam a se mover."

"Aquilo que os poetas viram e desejam dizer não pode ser dito."

"Os olhos que só vêem o visível não podem ver as ausências que moram ali."

"Lembrando Valéry: ' Que somos nós sem o socorro daquilo que não existe ?'"

"(...) não sabemos o nome de nosso desejo mais profundo. Resta-nos suspirar suspiros que são profundos demais para palavras. Nosso corpo fala línguas que ele mesmo desconhece."

"Lembrando Guimarães Rosa: 'tudo é real porque tudo é inventado.'"

"Para uma lagarta não há nada mais lindo que coisas que se assemelhem a ela. No mundo das lagartas, até os deuses são lagartas. Mas as borboletas obviamente dirão: tolice..."

"Cada sonho é um testemunho de que o Paraíso ainda não chegou."

"No mundo descrito por Orwell, 1984, sonhar era crime, e um homem foi preso porque, ao dormir, falou o seu sonho. E, fazendo isto, confessou que sua alma voava longe."

"O profeta invoca o vento. Ele chama o selvagem, o indomável, o pássaro que nenhuma gaiola pode conter, o mistério que nenhuma palavra pode dizer."

"Ensinar é mapear o mundo, fazer visíveis, pelo poder da palavra, os lugares desconhecidos. 'Minha linguagem denota os limites de meu mundo', dizia Wittgenstein...'"

*Rubem Alves in "Lições de Feitiçaria". Ed. Loyola. SP. 2003

Comentários

Visitas