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A vida e seus milagres*


A vida é um milagre que de repente acontece e aí já é; e continua. A vida é um milagre e por mais que ansiedades, pretensões, prepotências, egoísmos ou apegos possam intervir e superficialmente parecer dominar, na verdade, o poder do amor prossegue o seu caminho inabalável até tocar todos os corações mais dia menos dia.

Por isso, a poesia persiste seja nas linhas seja nas entrelinhas, seja no suspiro sincero, na pulsação ou nos intervalos entre um pulso e outro. A poesia nunca morre nem esfria. Porventura, mentiras sempre cairão por terra, ilusões também, mas o amor, nossa o amor é foda e por ser ou estar infinitamente no agora, sempre continua enquanto máscaras se desfazem e corações se regeneram, sobretudo, quando se cansam de doerem, de amargarem, de se enganarem.

E é quando o mistério da vida transborda e se torna resposta concreta é que percebemos o quanto a nossa alma se revela nas motivações provindas daquilo que vem de dentro para fora e que é provocado por inspiração.

Ao mesmo tempo, sentimos a manifestação de incentivos, literalmente daquilo que vem de fora para dentro, por exemplo, quando o amor genuíno nos toca seja pelas mãos do outro seja pelas dádivas providas das colheitas daquilo que outrora plantamos e cultivamos pacientemente.

Enfim, a poesia é puro ato de amor por resistência, por persistência, por ternura, por intuição, por reação e muito mais mas, sobretudo, é um ato de sabedoria, doação e gratidão. Musa!

*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Educador. Filósofo Clínico.
Porto Alegre/RS

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