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Letras ao vento*


Vai, folha de minha vida, vai
que o verão não te conhece,
melancólica estação passada.

Voem, folhas de anos verdes,
que o tempo me quer mais tempo
e não me descreveis mais.

Mas as dou para o vento,
quem sabe achadas pelos meninos
nas praias desertas
sejam motivo de curiosidade,
pois para os adultos, desdém.

De que adiantam letras escritas
num mundo de objetos elétricos
que amainam tudo
no ramo das sensações,
se ao coração ninguém quer chegar-se.

*Vania Dantas
Filósofo Clínica
Uberlândia/MG

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