A poesia nasce!
Ela sempre nasce de um
quando, de um onde e de porquês nunca exatos nem demais nem de menos. A poesia
transborda ou preenche, ela sempre viraliza se muito ou pouco, não importa. E
se nasce, a poesia é originalmente feminina tão somente porque tudo que nasce
depende de um útero seja ele ideal ou seja ela real.
Poesia é profana e é
sagrada, ela simplesmente é manifestação porque toca e causa expressão. A
poesia emociona porque comove, me comove. A poesia revolta porventura quando
indigna quem escolhe ser surdo e ouve de repente.
Não existe poesia
indiferente! E por mais sensatos ou abstrato que tendamos a ser, por mais
criativos ou objetivos que pretendamos querer, inevitável mesmo é reconhecer
que todo e qualquer ímpeto quando surgi já é, já foi e será...
A poesia é plural e
singular também, é coletiva, é subjetiva; é visceral. E o exato começo da
poesia é um mistério, pois como tão bem disse Ferreira Gullar, "a poesia
nasce de repente". Sim, foi de repente, num repente ou num rompante que
percebi um dia que a poesia sempre esteve em mim, ainda nas memórias mais
remotas.
A poesia ora transcende
a gramática, mas ora precisa transgredi-la porque o sentir vai muito além do
pensar e nenhuma linguagem formal pode dar conta da arte em sua profundidade e
imensidão.
Enfim, ser poeta pelo
menos na minha perspectiva implica em ser um eterno desajustado sempre grato a
tudo e a todos que me ensinaram, ensinam e me provocaram ou provocam a
escrever. Musa!
*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Educador.
Poeta. Filósofo Clínico
Porto Alegre/RS
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