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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"Independência é algo para bem poucos - é prerrogativa dos fortes"

"É inevitável - e justo - que nossas mais altas intuições pareçam bobagens, em algumas circunstâncias delitos, quando chegam indevidamente aos ouvidos daqueles que não são feitos e predestinados para elas"

"Livros de todo mundo sempre são livros malcheirosos: o odor da gente pequena adere a eles. Ali onde o povo come e bebe, e mesmo onde venera, o ar costuma feder. Não se deve frequentar igrejas, quando se deseja respirar ar puro"

"É preciso livrar-se do mau gosto de querer estar de acordo com muitos"

"(...) as grandes coisas ficam para os grandes, os abismos para os profundos, as branduras e os tremores para os sutis e, em resumo, as coisas raras para os raros"

"Fomos maus espectadores da vida, se não vimos também a mão que delicadamente - mata"

"A mulher aprende a odiar na medida em que desaprende a enfeitiçar"

"Não existem fenômenos morais, apenas uma interpretação moral dos fenômenos"

"Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você"

"O que se faz por amor sempre acontece além do bem e do mal"

"Quando os impulsos mais elevados e mais fortes, irrompendo passionalmente, arrastam o indivíduo muito acima e além da mediania e da planura da consciência de rebanho, o amor-próprio da comunidade se acaba, sua fé em si mesma, como que sua espinha dorsal, é quebrada: portanto, justamente esses impulsos serão estigmatizados e caluniados"

"(...) tudo o que ergue o indivíduo acima do rebanho e infunde temor ao próximo é doravante apelidado de mau; a mentalidade modesta, equânime, submissa, igualitária, a mediocridade dos desejos obtêm fama e honra morais"

"É difícil aprender o que é um filósofo, porque isso não se pode ensinar"

*Friedrich Nietzsche in "Além do bem e do mal". Ed. Companhia de Bolso. SP. 2005.

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