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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*














"Um comentário filológico dos textos não produziria nada: só encontramos nos textos aquilo que nós colocamos ali (...)"

"É em nós mesmos que encontramos a unidade da fenomenologia e seu verdadeiro sentido"

"Trata-se de descrever, não de explicar nem de analisar"

"Descartes e sobretudo Kant desligaram o sujeito ou a consciência, fazendo ver que eu não poderia apreender nenhuma coisa como existente se primeiramente eu não me experimentasse existente no ato de apreendê-la"

"O filósofo, dizem ainda os inéditos, é alguém que perpetuamente começa"

"(...) não é preciso perguntar-se se nós percebemos verdadeiramente um mundo, é preciso dizer, ao contrário: o mundo é aquilo que nós percebemos"

"O mundo é não aquilo que eu penso, mas aquilo que eu vivo; eu estou aberto ao mundo, comunico-me indubitavelmente com ele"

"Todas as explicações econômicas, psicológicas de uma doutrina são verdadeiras, já que o pensador pensa sempre a partir daquilo que ele é"

"(...) olhar um objeto é vir habitá-lo e dali apreender todas as coisas segundo a face que elas voltam para ele. Mas, na medida em que também as vejo, elas permanecem moradas abertas ao meu olhar e, situado virtualmente nelas, percebo sob diferentes ângulos o objeto central de minha visão atual. Assim, cada objeto é o espelho de todos os outros"

"Todo saber se instala nos horizontes abertos pela percepção"

"(...) o mundo torna-se o correlativo de um pensamento do mundo e só existe para um constituinte"

"O corpo próprio está no mundo assim como o coração no organismo: ele mantém o espetáculo visível continuamente em vida, anima-se e alimenta-o interiormente, forma com ele um sistema"

*Maurice Merleau-Ponty in "Fenomenologia da Percepção." Ed. Martins Fontes. SP. 1994.

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