Maria tanto amava que
ardia..
Mas até o último
suspiro negaria...
Era direita, a Maria.
Só que todo santo dia
numa saída ela pensava
Bolava, rebolava,
revirava.
Nem mais dormia, a
Maria.
Ainda honesta,
enlouquecida,
definhava..
(nada bom)
Foi então que conheceu
Teresa.
Era bem puta, a vadia.
(faria o que o Zé
gostava
que era também o que
queria)
(o duplamente bom)
Maria deu ao Zé , de
presente, a Teresa
E a si própria, deu
João e deu ao João...
Zé ficou alegre de
repente.
Cantarolava. Assobiava.
Até sorria!
Trazia flor pra Maria.
Comprava carne de
primeira.
Vestido novo de
chitão...
Nem cogitava um João!!!
(mas era justo,
justíssimo!)
Enquanto isso a Maria
Agradecida ( e direita
)
Trabalhava à tarde
E à noite dormia.
Cansada e feliz
Com o seu Zé, a Teresa
E com João., a Maria!
(bonito, muito bonito,
dona Maria!)
"Quem em prol da
sua boa reputação, não se sacrificou já uma vez a si
próprio?"
(Nietzche)
*Aila Magalhães
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