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Cores do Tempo*


“Um borrão. Um claro. Claro obscuro. Ora um. Ora outro.” Samuel Beckett

De todas as cores, de todos os sons, nem espaço existe para se deixar de pensar. Todos os números dão a exatidão, exatamente no plano abstrato onde o real aparece na representação. A única certeza está no código: a precisão infinitesimal percorre o tempo sem trégua para o olho do observador. 

Aí pensei, e se eu pudesse discorrer até o fim do mundo? Pensei que o tempo pudesse dar uma trégua aos corações libertários, que os deixassem parar um pouco no instante infinito do prazer, que a realidade pudesse ser a mesma da eternidade da metamorfose [...] 

Viral, correr dos sons possa se transformar em signos do escape total do Real. A maneira de percorrer o outro lado da vida é não deixar de viver, eu sei. 

Armei mais um truque para me manter aceso ao próximo século como uma lanterna à deriva no mar. Se tornar-me imortal − juro, darei um jeito nisso, voltarei a comer glúten. Promessa de leitor!!!

*Prof. Dr. Luis Antonio Paim Gomes 
Filósofo. Editor. Livre Pensador.
Porto Alegre/RS

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