Pular para o conteúdo principal

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"Dizer e ser, palavra e coisa, pertencem um ao outro num modo velado, pouco pensado e até impensável"

"(...) tanto o milagre como a quimera valem para o poeta como o que verdadeiramente lhe concerne, mas cujo ser, longe de querer guardá-lo para si, ele quer somente apresentar"

"Os trechos nos quais e com os quais medimos a proximidade e a distância como intervalos constituem a sequência de agoras, ou seja, o tempo"

"Hermes é o mensageiro dos deuses. Traz a mensagem do destino; é a exposição que dá notícia, à medida que consegue escutar uma mensagem. Esta proposição se transforma em interpretação da mensagem dos poetas que, nas palavras de Sócrates: 'são mensageiros dos deuses'"

"Como se pode dar um nome específico ao que ainda se procura ?"

"A linguagem da poesia é essencialmente polissêmica e isso de um jeito muito próprio. Não conseguiremos escutar nada sobre a saga do dizer poético enquanto formos ao seu encontro guiados pela busca surda de um sentido unívoco"

"O delirante pensa e pensa mais do que qualquer um. Mas nisso ele fica sem o sentido dos outros. Ele é um outro sentido"

"O desprendido é delirante porque está a caminho de outro lugar"

*Martin Heidegger in "A caminho da linguagem". Ed. Vozes. Petrópolis/RJ. 2004.   

Comentários

Visitas