A ebulição que anima o
globo é que é também a ebulição do sujeito (pensa Bataille), mas o sujeito em
ebulição propriamente dito em total consumo de si. Esse é o passo para o
pensamento radical.
O pensamento crítico,
aqui seria o da acumulação, que busca através do objeto, em pesquisa, o seu
valor de “uma operação fria e calculada”.
Assim, como em “1919”,
Sakamoto contorna esse frio com a atonalidade melódica que vai ao seu excesso
até os acordes de um pensar radical na música.
O mesmo ocorre na
escritura de Bataille e muitos anos antes já parecia estar na parte do liberar
de energias no instante eterno das palavras.Assim como a economia se expressa
pelo acumulo, mas para Bataille, ela é apenas uma soma calculada e fria que
terá seu valor no instante.
O instante da
comunicação deixa de ser eterno para ser a energia vinda da informação e para
melhor fechar a cadeia do conhecimento ela se perde no fragmento da narrativa
partida.O que temos é o instante das coisas, a ilusão da informação e a ilusão
de acumular conhecimentos. O falar por falar se expressa nessa economia sem os
acordes atonais. De onde vem isso tudo?
Prof. Dr. Luis Antonio
Paim Gomes
Filósofo. Editor. Escritor. Livre Pensador.
Porto Alegre/RS
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