Pular para o conteúdo principal

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) o interesse da vida onde sempre esteve foi nas diferenças"

"(...) a pintura não é mais do que literatura feita com pincéis. Espero que não esteja esquecido de que a humanidade começou a pintar muito antes de saber escrever"

"A literatura já existia antes de ter nascido"

"É bem verdade que na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se aproveita"

"Entre o martelo e a bigorna somos um ferro em brasa que de tanto lhe baterem se apaga"

"Duvida-se, por exemplo, ainda que seja sempre de boa prudência duvidar da própria dúvida"

"Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância"

"(...) se quisermos acreditar nos insuficientes olhos com que viemos ao mundo"

"Não é tão raro assim revelarem-se nos sonhos grandes mistérios"

"As palavras não podem ser levianamente transportadas de cá para lá e de lá para cá, cuidado (...)"

*José Saramago in "História do cerco de Lisboa". Ed. Folha de São Paulo/SP. 2003.

Comentários

Visitas